A primeira profissional feminina árabe-americana da NASCAR está dando ao esporte uma reforma muito necessária
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Como filha de um refugiado de guerra libanês que se mudou para a América em busca de uma vida melhor, Toni Breidinger está acostumada a (destemidamente) desbravar novos caminhos. Além de ser uma das pilotos de corrida mais vencedoras do país, com apenas 21 anos, ela se tornou a primeira mulher árabe-americana profissional a competir em uma grande corrida da NASCAR em fevereiro passado.
“[Minha mãe] é minha maior inspiração”, explica Breidinger. "Apesar de tudo o que aconteceu com ela em sua infância, ela trabalhou duro para se mudar para a América e criar sua própria vida aqui." (Relacionado: Ginasta campeã mundial Morgan Hurd é a definição de determinação e resiliência)
Essa perseverança desempenhou um papel fundamental na formação da natureza particularmente ambiciosa de Breidinger, ela explica - uma característica aparente desde tenra idade. Breidinger, que começou a se tornar profissional com apenas 9 anos de idade, começou a correr competitivamente no início da adolescência em sua cidade natal, Hillsborough, Califórnia. Ela começou em pistas curtas com carros de roda aberta (onde as rodas ficam fora do carro carroceria), rapidamente graduando para stock cars (onde as rodas caem dentro da carroceria do carro) em pistas de corrida locais. (Stock cars são o que você normalmente vê em corridas profissionais da NASCAR, para sua informação).
Então, com apenas 21 anos, Breidinger se preparou para um dos eventos mais cobiçados para profissionais de corrida em todo o país: a abertura da temporada da ARCA Menards Series no Daytona International Speedway, na Flórida.
"Daytona não parecia real", lembra Breidinger, observando que houve uma quantidade significativa de cobertura da mídia e alarde em torno da corrida, fatores que aumentaram seus nervos já em alta. "Foi uma experiência surreal."
Apesar da situação de alta pressão em que Daytona estava, Breidinger apareceu para competir, ficando em 18º lugar entre 34 pilotos. "Eu queria ficar entre os 20 primeiros, o que fizemos." Ela explica.
Essa colocação impressionante também significou que Breidinger faria história como a primeira mulher árabe-americana a competir em um evento da NASCAR - um fato que trouxe sentimentos confusos para a (agora) jovem de 22 anos. “Foi legal ser o primeiro, mas não quero ser o último”, acrescenta Breidinger. (Relacionado: marcas de beleza de propriedade árabe que são inovadoras no mercado financeiro)
Breidinger espera que sua competição em um esporte tradicionalmente branco e dominado por homens (com um passado particularmente controverso) ajude a mudar a cara da NASCAR. “Quando as pessoas veem alguém como elas [competindo], isso ajuda o esporte a progredir e ter mais diversidade”, afirma. "Você precisa trazer consciência para forçar a mudança."
Apesar de compreender a importância que sua formação traz para a NASCAR, Breidinger não quer ser visto como diferente uma vez que o capacete desliza e ela entra no carro. "Não quero ser tratada de maneira diferente porque sou mulher", observa ela.
Outro equívoco em torno das corridas que Breidinger está decidido a quebrar? A habilidade e a capacidade atlética necessárias para manobrar um veículo (às vezes insuportavelmente quente) em movimento rápido.
"Correr é intenso", ela enfatiza. "Os carros são pesados, então você precisa de um bom cardio e força para reagir rápido. Se houver uma fração de segundo onde você está fora de foco, isso será você indo para uma parede ou destruindo."
Quanto ao futuro de Breidinger nas corridas, seus objetivos são duplos. Primeiro, ela está de olho na NASCAR Cup Series (o evento de corrida de alto nível para profissionais, de acordo com Breidinger).
O segundo objetivo? Dirija mesmo mais diversidade em seu esporte. “A NASCAR está mudando muito”, explica Breidinger."Se eu puder ajudar a inspirar alguém, ou ajudá-lo a subir na hierarquia da NASCAR, quero ajudar. Quero que as pessoas saibam que as mulheres podem dominar neste esporte e se dar bem."